Vejo que as lojas do Rio de Janeiro se acostumaram a colocar preços de R$ 5,99, R$ 7,99, R$ 15,99 com intenção de fazer com que o consumidor engorde o caixa 2 da loja. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço.
Fico muito chateada quando vou fazer compras e enfrento essas situações de ficar sem meu troco. Não é o valor, é a sensação de que fui roubada, não importa a quantia. Não entro mais em lojas que vendem desse jeito, com 99 centavos no final para me roubarem no troco.
Em supermercado fica difícil porque não podemos deixar de comprar mantimentos mas consegui encontrar camelôs e quitandas aqui perto da minha casa e passei a comprar com eles porque eles não tem 99 centavos no preço. É não sei quanto e 5 centavos, não sei quanto e 10 centavos, todo final com múltiplos de 5. Nunca saí sem meu troco certo. E nem preciso fazer acordo porque os preços são redondos, nenhum com 99 entavos no final.
Meus parentes acham graça quando me irrito com isso, já se habituaram a serem roubados que nem percebem que é um assalto a cada compra. Pra eu não ficar estressada, me recomendaram fazer um cartão de crédito ou cartao de débito para usar no supermercado. Achei uma boa ideia e fui pesquisar os serviços de cartões disponíveis e os prós e contras deles. Cobram taxa de anualidade e cobram taxas administrativas em cada compra. E os juros, então? Se eu ficar presa em algum trabalho e não puder ir ao banco pagar a fatura até o vencimento, a multa por atraso é alta para os índices de inflação oficial no Brasil. Impraticáveis.
Dieta do Preço
O que fazer? Inventei minha própria dieta. Entrei na Dieta do Preço. Só compro produto no supermercado que está no final com 0 centavos ou com múltiplos de 5. Estou emagrecendo sem ficar pelancuda ou massilenta e estou com mais energia para fazer as tarefas. A duas semanas atrás todos na casa de meus pais estavam com uma gripe super forte. Fiquei lá uma semana para cuidar deles, tive contato constante com os gripados e não tive nenhum sinal de gripe. Fiquei imune ao contágio. Só pode ser resultado da Dieta do Preço porque cortei muitos mantimentos da minha lista de compras e todos esses mantimentos que vemos no mercado estão cheios de sódio, corantes químicos e outras toxinas. A minha Dieta do Preço:
Arroz já cortei da minha lista de mantimentos. Cortando o arroz, aproveitei e cortei o feijão e o macarrão. Fiquei só com os acompanhamentos porque com os acompanhamentos posso controlar o valor que pagarei no caixa.
Açúcar quase não uso, então cortei também e passei a comprar mel do camelô, que é 10 reais uma garrafa de 750ml e rende mais que 5 quilos de açúcar. É mais saudável também.
Biscoitos e salgadinhos tenho pego com as cozinheiras do bairro, que além de terem preços mais baratos do que nos supermercados, sei que não estou pagando por química de mumificação dentro dos biscoitos e salgadinhos.
Cortei manteiga e margarina das compras do supermercado e passei a pegar azeite na quitanda. Custa 2 margarinas e 1 manteiga e dura quase o dobro. E pão com azeite é muito mais gostoso do que pão com manteiga ou margarina. A margarina eu comprava mais para fritar ovo e bife, troquei ovo frito por ovo cozido e bife frito por bife grelhado ou assado no forno.
Frango ficou pouco tempo na minha lista de compras porque depois que retornei ao Brasil e fui fazer minhas primeiras compras, quando cheguei em casa vi que a bandeja de sobrecoxa que peguei era mais gelo que frango. A diferença de peso depois que descongelei foi de mais de 200 gramas. Foi a primeira e única vez que comprei frango depois da minha volta ao Brasil.
Alcatra, contrafilé e filé mignon eu pego no açougue e digo pro seu João que quero 10 reais de alcatra, 15 de contrafilé e 25 de filé. Ela bota o peso certinho e quando passa não me cobra pelo peso a mais. É a compra que me deixa mais satisfeita porque sempre dá um pesinho a mais. A carne do seu João é limpinha, só chego em casa, corto os bifes, tempero e congelo.
O restante das minhas compras são na feira livre, que sempre fazem preços redondos. Os feirantes que já me acostumei a comprar dão sempre um agradinho e fico muito satisfeita, por mais simples que seja o agrado.Vou botar mais 2 tomates pra senhora mas a senhora não demora muito a usar não porque estes que estou dando a senhora é pra usar até amanhã. Se a senhora deixar pra depois de amanhã, vai perder os tomates. Foi um dos agrados na última terça-feira. Quase todos os feirantes que virei freguesa me dão um agrado.
O que fazer com lojistas que cobram 99 centavos e nunca tem troco?
No município do Rio de Janeiro, o lojista que não tiver troco deverá arredondar o valor em benefício do consumidor. Na prática, se o caixa da loja não tiver R$ 0,01 para te dar de troco, fica obrigado a te dar R$ 0,05. Não tendo os R$ 0,05 centavos, tem que te dar R$ 0,10. Ou chame o PROCON. É pouquinho para chamar o PROCON? É. Mas lojistas também devem ser postos no cabresto pelo freguês. A sensação de poder que experimentamos nessas horas é um prazer que rende bom humor e energia para os próximos dias.
No Leblon e em Ipanema, é constante o troco de 5 centavos no lugar do 1 centavo que está faltando. Nos bairros de pobres os lojistas ignoram o troco e os consumidores ficam com vergonha de cobrar para ninguém saber que ele é pobre. Até parece que enganam, ainda não perceberam que não reclamar é que demonstra a situação de pobre. Quanto mais pobre, menos ele reclamados seus direitos. O lojista sabe que pobre não reclama e se aproveita dessa classe de gente para engordar o caixa 2.
A Lei do Troco - Lei nº 5.532, de 25 de setembro de 2012
Art. 1º É obrigatória, na venda de bens ou serviços aos consumidores, na Cidade do Rio de Janeiro, a devolução integral do troco, em espécie, ao consumidor, quando o pagamento também for feito em moeda corrente, até o limite de vinte vezes o valor da compra ou serviço.
Art. 2º Na falta de cédulas ou moedas para elaboração do troco, o fornecedor do produto ou serviço deverá arredondar o valor sempre em benefício do consumidor.
Art. 3º Fica proibida a substituição do troco em dinheiro por outros produtos não consentidos, prévia e expressamente, pelo consumidor.
Art. 4º É obrigatória a fixação de placas informativas, nos estabelecimentos comerciais, que reproduzam o teor dos arts. 1º a 3º desta Lei, bem como o telefone do Procon-Rio, em local visível do caixa ou similar, onde ocorram os recebimentos ou pagamentos em dinheiro.
Parágrafo único. A placa informativa deverá ter dimensão mínima de 0,20m X 0,30m.
Art. 5º O descumprimento desta Lei acarretará a imposição de sanções administrativas previstas na Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990.
Art. 6º Compete ao Procon-Rio zelar pelo cumprimento das disposições contidas nesta Lei, recebendo denúncias e aplicando as sanções cabíveis.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.
Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em 25 de setembro de 2012
Vereador JORGE FELIPPE/Presidente
http://mail.camara.rj.gov.br/APL/Legislativos/contlei.nsf/7cb7d306c2b748cb0325796000610ad8/105b7db6e4c12b0303257a84007ba5d7?OpenDocument
A Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 - A Lei do Consumidor
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm
Já preencheu a pesquisa sobre o MinC e os editais de patrocínio?
http://imundicieminc.blogspot.com.br/
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